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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Eu não sou mais eu (criança pagã)

O sino da igreja bate  e eu vejo o céu  se mover.

Hoje decidi e não me arrependi, o colar ficou numa árvore a qual deixei meu coração.
Eu não me reconheço mais algo machuca profundamente e vejo a visão embaralhar.
Eu não sou mais eu e não me posso queixar; podem gritar espernear, eu não sou eu.
Pendências irreversíveis, outras esclarecidas, um karma a menos uma vida a mais.
O anjo caído ressurge das cinzas  e aos poucos retoma o que é seu.
Dor e vamos adiante, pois a criança pagã precisa do seu sangue.
E ao anoitecer as feras levantam e tomam conta dos corpos purulentos e com ânsia buscam a verdade.
Faço um pacto de sangue com você e  estremeço os  portais, pois para um anjo renascer outro precisa morrer.

Faça o pacto não há nada a perder.

Alguém sopra em seu ouvido o que deve fazer, mas no que depender de mim você nunca mais vai saber...

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